PARTE 05 |
PARTE 02 |
PARTE 03 |
PARTE 04 |
PARTE 01 |
As lendas indígenas são histórias fantásticas cheias de mistério sobrenatural, ligadas à feitiçaria e à magia.
Nas nações indígenas essas histórias são muito importantes, possuem o poder de doutrinar os índios
jovens e arredios. Algumas dessas histórias foram criadas a partir de
fatos verídicos, acontecidos nas regiões onde viveram seus heróis
antepassados, que se sobressaíram dentre os membros de sua tribo, pelo
poder, beleza, bondade, caridade, ou outros feitos, e tornaram-se
encantados.
Outras
referem-se à flora e fauna da região, pois segundo suas crenças, tanto
as plantas como os animais, os rios, os igarapés, os lagos, as
cachoeiras e o mar, possuem os seus protetores que exigem respeito e
inspiram temor. Dentre as lendas mais conhecidas estão:
A LENDA DA MANDIOCA
Mani era diferente das outras índias.
Era branca como lírio. Era, também, a índia mais bonita que já existiu na terra.
Os
índios todos gostavam dela, como de um ser sobrenatural, porque um
espírito branco apareceu, em sonhos, ao cacique da tribo e lhe contou
que Mani era um presente de Tupã.
Um dia, porém, sem se saber como, Mani adoeceu e morreu,
A tristeza na tribo foi geral e profunda.
Os índios choraram muito e enterraram Mani no jardim.
Todos os dias iam ver a sepultura. E choravam, choravam, tanto que as lágrimas molharam a terra.
O tempo passou...
Veio a primavera.
Na cova de Mani nasceu uma planta desconhecida.
Um
dia, os índios cavaram a terra e encontraram uma raiz, notaram que
parecia com o corpo de Mani e acreditando no milagre, comeram-na certos
de adquirirem, assim, mais vigor para as lutas. Fizeram dela, uma comida
muito especial.
Mani existia, ainda, transformada em planta. Mani era um presente sagrado de Tupã.
E os índios cultivavam com carinho o corpo imortal de Mani, transformando-o em alimento, e chamaram-lhe: Manioca.
Mandioca, é, pois, nome adaptado de Manioca e significa: pão da terra.
1. Numere os parágrafos.
2. Circule com lápis vermelho o título.
3. Procure no dicionário e escreva em seu caderno o significado das palavras:
Sobrenatural-desconhecida-imortal.
4. Pinte com lápis verde todas as palavras com R brando.
5. Pinte com lápis amarelo todas as palavras com vogal seguida de M ou N.
6. Retire do 3º parágrafo 2 palavras no plural:
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7.Retire do 12º parágrafo, 3 palavras trissílabas.
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8.Reescreva as sentenças, seguindo a ordem de acontecimentos no texto.
- Mani adoece a morre.
- Os índios enterram Mani,
- A tribo toda chora a morte de Mani,
- Na cova de Mani, nasce uma planta desconhecida.
- Os índios descobrem o valor da planta.
- Mani nasce branca como um lírio.
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O UIRAPURU
Certa
vez um jovem guerreiro apaixonou-se pela esposa do grande cacique, mas
não podia aproximar-se dela. Então pediu a Tupã que o transformasse num
pássaro. Tupã fez dele um pássaro de cor vermelho-telha. Toda noite ia
cantar para sua amada. Mas foi o cacique que notou seu canto. Tão lindo e
fascinante era o seu canto, que o cacique perseguiu a ave para
prendê-la, só para ele.
O
Uirapuru voou para bem distante da floresta e o cacique que o
perseguia, perdeu-se dentro das matas e igarapés e nunca mais voltou. O
lindo pássaro volta sempre canta para a sua amada e vai embora,
esperando que um dia ela descubra o seu canto e seu encanto.
A VITÓRIA-RÉGIA
Contam
que certa vez uma linda índia, apaixonada, quis transformar-seem
estrela. Na esperança de ver seu sonho realizado, a linda jovem
lançou-se às águas misteriosas do rio, desaparecendo em seguida.
Iaci,
a lua que presenciou tudo, num instante de reflexão, apiedou-se dela
por ser tão linda e encantadora. Deu-lhe como prêmio a imortalização
aqui na terra. Por não ser possível levá-la para o reino astral,
transformou-a em vitória-régia (estrela das águas), doou-lhe um adorável
perfume e espalmou-lhe as folhas para melhor refletir sua luz, nas
noites de lua cheia.
Recife, 18 de julho de 2003.
(Atualizado em 18 de agosto de 2009).
O GUARANÁ
Numa
aldeia indígena um casal teve um filho muito bonito, bom e inteligente.
Era querido por toda a tribo. Por isso Jurupari, seu pai, começou a ter
raiva dele, até que um dia transformou-se em uma cobra, permanecendo em
cima de uma árvore frutífera.
Quando
o menino ainda criança foi colher um fruto desta árvore, a cobra
atirou-se sobre ele e o mordeu. Sua mãe já o encontrou sem vida. Ela e
toda tribo choraram muito. Enquanto isso, um trovão rebombou e um raio
caiu junto ao menino. Então a índia-mãe disse: - É Tupã que se compadece de nós. Plantem os olhos de meu filho, que nascerá uma fruteira, que será a nossa felicidade. - Assim fizeram e dos olhos do menino nasceu o guaraná.